segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Tic e Educação



Diariamente, crianças, jovens e adultos são imersos em ambientes computacionais – por exemplo, através da televisão e de jogos interativos, do acesso a redes de comunicação disponíveis com custos cada vez menores, nos serviços a que acedem no quadro das suas vidas privadas, em atividades profissionais e no lazer.
A escola tem procurado integrar – com maior ou menor dificuldade – os avanços tecnológicos que se dão em esferas sociais que a ultrapassam. E esta dificuldade de integração das tecnologias na escola prende-se tanto com a concepção de escola e das suas funções e organização como com a vontade de alunos, educadores e professores. 
  Integração das TIC na Escola
A expansão do acesso ao uso de computadores, de tele-móveis e de sistemas de leitura áudio tem modificado o quadro em que a escola pode pensar a integração das TIC nas suas práticas.
Com a disponibilidade de computadores portáteis pessoais cria-se um conjunto de oportunidades que permite pensar em cenários de aprendizagem diversos – mantendo sempre a idéia forte de que a parte importante deste esforço é a dimensão pedagógica e não a dimensão tecnológica.
Integrar as TIC na escola e na sala de aula significa viver as atividades escolares com a consciência de que existem meios (informáticos) aos quais se pode recorrer sempre que isso se perspective como pertinente, mas mantendo a idéia de que haverá tarefas e momentos em que as estratégias de trabalho na sala de aula poderão sugerir simplesmente não ligar os computadores.
A integração das TIC na atividade escolar passa necessariamente pela naturalização do uso das TIC por parte do professor tal como acontece com todos os recursos que habitualmente usa nas aulas (livros, fichas de trabalho, lápis, etc.). Essa naturalização dá-se progressivamente, passo a passo, e requer o reconhecimento da utilidade das TIC na atividade docente, o reconhecimento de que o uso das TIC tem um sentido transformador em algumas práticas letivas, ou seja, que as TIC não devem ser usadas para simplesmente reforçar as formas de trabalho anteriores.
A oportunidade de lidar diariamente com crianças que poderão ter acesso a computadores portáteis e à internet a custo extremamente baixo deve encarar-se serenamente, mas com total consciência.
É necessário aproveitar pedagogicamente tal oportunidade, fazendo-a reverter positivamente a favor das aprendizagens dos alunos. Isto não significa apenas integrar os computadores em atividades curriculares específicas mas inclui também procurar criar ambientes de aprendizagem estimulantes, abertos, que apelem à autonomia e responsabilidade dos alunos e ao assumir um papel ativo, por parte dos mesmos nas suas aprendizagens e nas aprendizagens dos colegas – e em que os computadores constituem recursos de trabalho que potenciam a colaboração e a partilha. 



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